sábado, 14 de fevereiro de 2009

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

A verdade

Eu julgo
Tu julgas
Ela julga
Ele julga
Nós julgamos
Sinceros sempre
hipócritas sempre somos.

Homem da minha vida

Janela da alma
espelho perdido.
Falaste torto
eu suspirei...meu pai amigo

O olhar transparece
e a aura escurece.
Cala-te boca!
O espírito enrijece...

Teimosia de dar dó
sufoca que fica só
nunca sai do lugar
seu temperamento é o ó

É criança crescida
de sorriso de lado...
A todos ama
e por todos é amado!

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Vontade

(Um dia escrevo aqui o início)
Mas diz o que é sinceridade
honestidade e tudo mais!
O que é respeito?
E se você tem apego
pelas coisas que o acaso te traz...
Porque só assim-
só assim-
poderei me libertar de mim
e enfim...viver!
(Último verso censurado...)

Ficção

Quero um lá menor
um sol
seguido de dó
e um fá.
Toca aí pra mim!
É isso aí mesmo!
Quero entoar uma canção
por simples capricho.
Penso que existo
e por isso
penso que posso cantar...
Tenho o meu violão
é fato!
No entanto a questão aqui é outra...
É que rola o boato
que não sei cantar
só desafinar...
Será?
...
Sim.
É uma verdade.
Não sei cantar
e na desafinação
lidero um clã
que por amanhã mesmo,
lá pelas oito horas,
vai se reunir
em minha casa.
Na minha casa!
Para que possamos
bolar um plano malvado,
eliminar cada músico letrado,
cada cantor afinado
e assim não sermos julgados...
Queremos ser hegemonia
dos cantores desafinados!

2009

Quero sono de inocente
quero amor de Romeu
quero exclusividade de operadora de celular
quero orientação de GPS
quero música toda hora
quero aventura de herói infantil
quero loucura de Hitchcock
quero suspiro de bebê
quero apego de torcedor apaixonado
quero exagero de Cazuza
quero garra de competição
quero correspondência de papel
quero honestidade de Tião
quero cumplicidade de máfia
quero paz de fim de guerra
quero serenidade de Madre Teresa de Cálcuta
quero dinheiro de pobre
quero paixão de amante
quero amnésia de bêbado
quero felicidade de criança no natal
quero esperança de noivo no altar
quero solidão de siameses
quero sabedoria de Dalai Lama
quero desapego de hippie
quero amor de mãe
QUERO A VIDA SEM LIMITES!
Nenhum limite...
Só para ver até onde eu vou!!!
Só para ver até onde eu vou???
Só para ver até onde eu vou...
Será que sobrevivo?

Papo furado

Tantas pessoas passam por nós
tantos rostos
tantas vidas
tantas histórias
tantos filhos
tantas mães
tantos pais/avós/tios/tias/primas/cunhadas/sogras etc.
O que levo comigo?
Levo muitas vidas
muitos tiques
muitas gírias
muitos estilos
muitos paladares
muitas formas de falar oi
Mas o que levo de mais importante
são as sensações
amores amigos
amores retribuídos
e até amores feridos
Levo a sensação indestrutível
que me vem à tona
toda noite de insônia
e me lembra do existir
Você vive aqui
no Planeta Terra
como eu
E agora?

Réquiem

http://www.youtube.com/watch?v=N-mqhkuOF7s
Choro sem querer...
E uma lágrima solitária cai.

É tão solitária que desliza devagar sob meu rosto
quer que alguém a veja
que esse alguém perceba sua descida ao abismo
e a pegue em seus dedos.
Que esse alguém dê algum sentido ao seu destino
fadado ao suicídio.

O suicídio se concretiza...
Não há ninguém.
Ela deixa saudades.
A saudade transborda
e os pesares dos seus
é maior que qualquer vontade de ser feliz.

Então choro...
Choro para poder unir laços
laços despedaçados com o suicídio
e após toda a cena altruísta
e as honrarias à lagrima suicida
sinto-me leve...
Dever cumprido!

Provoquei um suicídio.
Criei um caos.
Fortaleci laços.
Uni os seus.
Por que chorei um litro?
Contra minha vontade...Claro!
Eu que sou contra suicídios...

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

10 de fevereiro de 2009

Eu já tentei de tudo
eu juro!
Já me expus demais...
Já tentei falar pro mundo
Coisas que me seguro
na hora do apuro
pra não falar.
Eu queria que você não fosse surdo
e que por um segundo
fosse aquele que me ouvia mais.
Não sei se me faço entender
mas é que sofrer-
sobre isso posso dizer-
é mais complexo que o "se abater"...
Só me permito falar
que existem erros grandes demais.

Um certo João

Sem jaqueta de couro,
com blazer engomado,
o João não é papo furado.
Entra pela porta,
diz seu nome alto,
pisa firme, levanta a poeira do asfalto!
-MEU NOME É JOÃO!!!
E em coro diz a multidão:
-SEU NOME É JOÃO?
E pergunta um curioso baixinho sem profissão:
-Quem é esse tal de João?
-É aquele que canta?
-É aquele que dança?
-É aquele que anda?
-É aquele que pede?
-É aquele que escreve?
-É aquele que se enaltece?`
-É aquele que chora?
-É aquele que implora?
-É aquele que te ignora?
-É aquele diz obrigado?
-É aquele que fica calado?
-Ou é aquele que diz "toma aí um bocado"?
Eis que desce do céu um figurão!!!
Abre a boca como se fosse proferir um sermão
porém, para o espanto de todos,
sua grandeza o imprimia uma enorme vagareza
e com poucas palavras lentas,
espassadas e,por sinal, muito bem encadenadas,
esclarece a confusão com grande destreza:
-ESSE É O MEU JOÃO!!!
E para o alívio geral da nação
(o que inclui a multidão
e o curioso baixinho sem profissão)
Não será nada mais que oração de ateus,
o mal entendido de Joãos,
porque agora ele é o João de Deus!

Sala de estar sem estar

Fosse o que não fosse
porém muito maior que nós!
Caberia a mim uma frase desmedida?
Versos desmedidos?
Não sei...
Faço-te promessas falidas
que dentro do peito apertam
são vontade incabida...
Entretanto... não passam de vontade de mudar.
Estou presa...
Estou faminta...
Estou perdida...
Tenho tantos planos!
Meus planos não passam de idéias pequenas...
(Assim como eu)
que insistem em me atordoar!