terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Zero

Não pisco.
Meus olhos abertos me enganam...a todo o tempo. 
Faço da jocosidade da vida uma tragédia
porque hoje, para mim, é assim. 
Não sei se ando doente ou coisa parecida. 
Não tenho febre, calafrios, dores abdominais e nem cefaléia. 
Não sofri nenhum acidente. 
Mesmo assim, não consigo ver graça nas ironias. 

Temos vários nomes durante a vida. 
Alguns prezamos outros preferimos esquecer.
E agora me pergunto: o que faço com o meu nome? 
Não quero mais... 
Já foi a palavra que me deixou mais feliz.
Já foi especial.
Já foi.

Falo muitas bobagens.
Talvez essas sejam as maiores de todas.
Meu peito aperta e não posso suportar.
Gostaria de ser especial.
Mas não sou.
Nunca fui.
Ninguém é.

Somos o despojo do universo...
E se eu morrer 
daqui a 20 anos ninguém vai chorar.
Porque somos assim 
tão insignificantes que esquecemos
e somos esquecidos.

Vivemos pouco e não vemos nada.
E minha singularidade?
Não há! Não há!
Teorias da física tem singularidades
O ser humano tem manias!
E formas diferentes de fazerem as mesmas coisas.

Meu nome...
Pensei que fosse especial...
Pensei que fosse eu....
Sou só uma e um não é nada
é quase zero.

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